Esse singelo texto de Nasrudin fala muito sobre os saberes que adquirimos na vida. Em especial, vale uma reflexão sobre os saberes espirituais. Como é fácil ser como o letrado da história de Nasrudin! Observar e recriminar o comportamento dos outros, menosprezar escolhas de vida que não concordamos, ter sempre algo ou uma frase pronta para dizer, repetir. Ter tantas certezas...
Já vivi tanto isso e me afundei no mar... ainda bem! Houve o tempo em que eu me iludia, acreditando que pelo fato de saber tanto, teoricamente, sobre o perdão, por exemplo, assim eu saberia naturalmente perdoar quando me sentisse ofendida. Aliás, estudando tanto sobre emoções e tolerância, a mágoa, a raiva, a decepção...teriam morada em mim apenas brevemente, o tempo necessário para senti-las e deixá-las ir embora... certo?
Digamos que tomei vários caldos, me afoguei feio e precisei aprender a nadar. Estudar, aprender contiua sendo bom, importante. Mas na hora do vamos ver... saber não basta. Saber muitas vezes no coloca na posição dos doutores da lei e hoje mais me interessa realmente avançar...nadar. Nadar para além do que supostamente sei.
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